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hCientistas gastarão R$ 1 milhão para avaliar o impacto ambiental dos gases das vacas

Cientistas gastarão R$ 1 milhão para avaliar o impacto ambiental dos gases das vacas

Um grupo de cientistas suecos recebeu um financiamento para estudar o impacto no aquecimento global que ocorre quando as vacas… soltam gases. É. O investimento total é de 3,8 milhões de coroas suecas, a moeda local. Nada menos que US$ 590 mil! Em reais, é mais de R$ 1 milhão!Parece piada, mas é sério. Há tempos pesquisadores do mundo todo sabem que esse tipo de gás, o metano, contribui para o fortalecimento do efeito estufa. Isoladamente, o pum arroto (valeu, Cris!) de uma vaca não faz quase nada na atmosfera, fato. Mas some a quantidade de vacas e bois em todos os rebanhos que existem no mundo e você pode ver que de gás em gás bem, você entendeu.

Ao todo, o grupo sueco vai estudar só 20 vaquinhas, que vivem em uma fazenda da universidade perto de Estocolmo. Além de descobrir qual é o impacto real dos gases das vacas, os cientistas também querem saber se a quantidade de metano liberada depende do tipo de comida ingerido pelo rebanho.

E tem gente por aí que ainda diz que vida de cientista é fácil…

Por Marília Juste

VACAS CAUSAM MAIS MAL AO MEIO AMBIENTE DO QUE OS CARROS (FAO)

ROMA, 29 Nov (AFP) – O setor pecuarista é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa no mundo e é mais nocivo que o dos transportes, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). “O setor pecuarista gera mais gases de efeito estufa, os quais ao serem medidos em seu equivalente em dióxido de carbono (CO2) são mais altos que os do setor do transporte”, sustenta a entidade da ONU.

A pecuária não só ameaça o meio ambiente, mas também é uma das principais causas da degradação do solo e dos recursos hídricos, acrescenta a organização, cuja sede fica em Roma.

Segundo o relatório da FAO, o esterco é responsável por boa parte das emissões de gases de efeito estufa.

“O setor pecuarista é responsável por 9% do CO2 procedente de atividades humanas, mas produz um percentual muito mais elevado dos gases de efeito estufa mais prejudiciais”, acrescenta o relatório.

“Gera 65% do dióxido nitroso de origem humana, que tem 296 vezes o Potencial de Aquecimento Global (GWP, na sigla em inglês) do CO2. A maior parte deste gás procede do esterco”, dizem os especialistas.

Para a FAO “é preciso encontrar soluções urgentes”.

Para Henning Steinfeld, um dos autores do estudo e chefe da subdireção de Informação Pecuarista e Análise e Política da entidade, a cada ano a humanidade consome mais carne e produtos lácteos, o que acaba afetando gravemente o meio ambiente.

“O custo ambiental por cada unidade de produção pecuária tem que ser reduzido pela metade, apenas para impedir que a situação piore”, advertiu o documento.

O setor pecuarista é o meio de subsistência para 1,3 bilhão de pessoas no mundo e supõe 40% da produção agrícola mundial.

Para muitos camponeses pobres dos países em desenvolvimento, o gado também é uma fonte de energia como força de tiro e uma fonte essencial de fertilizante orgânico para as colheitas.

kv/jr/mvv/sd

AFP 292012 NOV 06

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1369155-5598,00.html

CIENTISTAS QUEREM MUDAR DIETA DE VACAS PARA COMBATER MUDANÇA CLIMÁTICA

Londres, 10 jul (EFE).- Os ruminantes, como as vacas, são responsáveis por até 25% das emissões de metano produzidas pelas atividades humanas, incluindo a pecuária, e cientistas britânicos querem mudar a dieta desses animais para fazer com que seja melhor digerida, em benefício da mudança climática.

Especialistas do Instituto de Pesquisas Ambientais de Aberystwyth (Gales, Reino Unido) acreditam que é possível modificar a dieta para que os animais produzam menos metano, que é um gás de efeito estufa mais potente que o dióxido de carbono.

Segundo o especialista Mike Abberton, os pecuaristas poderiam ajudar a combater a mudança climática cultivando variedades de pasto que tenham maiores níveis de açúcar.

Uma dieta alterada como esta pode modificar a forma como as bactérias nos estômagos dos ruminantes transformam o material ingerido em gás, que depois soltam para a atmosfera.

O instituto lançou um novo projeto de pesquisa com as universidades de Gales e Reading para ver como este processo pode ser melhorado.

Um projeto similar realizado na Nova Zelândia indica que estas alterações na dieta podem reduzir as emissões de metano das ovelhas em até 50%.

“É improvável que no Reino Unido consigamos uma redução tão grande, mas, mesmo se fosse menor, já seria significativa. Tornar a dieta dos animais mais digestíveis pode reduzir suas emissões de metano”, explica Abberton.

Uma vaca pode produzir diariamente entre 100 e 200 litros de metano.

Além de reduzir a produção de metano, o cultivo de certas leguminosas pode ajudar a melhorar os níveis de nitrogênio do solo, já que estas plantas atraem de forma natural bactérias e fungos que fixam o nitrogênio da atmosfera.

Segundo um porta-voz do Ministério de Alimentação e Assuntos Rurais britânico, outra idéia para reduzir a produção de metano é aumentar a longevidade da vaca, já que, desta forma, se produziria a mesma quantidade de leite com menor número de animais.

A mais longo prazo, os especialistas do ministério estudam a possibilidade de reduzir o metano gerado pelo gado através de intervenções de engenharia genética no sistema digestivo dos animais.

Os especialistas colocaram ovelhas trancadas em estufas, onde analisam o ar através de espectrômetros antes e depois de os animais ingerirem a grama.

Os cientistas acreditam que terá que convencer os criadores de gado das vantagens adicionais que pode ter a introdução de novos tipos de pasto para que aceitem as despesas suplementares acarretadas pela alteração da dieta dos animais.

A agricultura representa aproximadamente 37% das emissões de metano e 67% das de óxido nitroso produzidas na Grã-Bretanha.

Os cientistas britânicos não são os únicos preocupados com este problema. Especialistas da universidade alemã de Hohenheim, em Stuttgart, anunciaram este ano que tinham desenvolvido uma pílula que reduz as emissões de metano do gado, convertendo o gás em glicose com a ajuda de uma dieta especial. EFE

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1583815-5602,00.html

O Planeta Aquecido

A mudança climática já começou e ameaça nosso futuro, mas isso ainda não foi suficiente para mobilizar o mundo

INFOGRÁFICO GABRIEL SILVEIRA

O cenário é catastrófico: segundo um estudo recente do Electric Power Research Institute, ainda que todas as potências industriais desligassem suas usinas elé­tricas e carros hoje, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera alcançaria, até 2070, a marca de 450 partes por milhão (ppm) – o suficiente para elevar a tem­peratura média da Terra em até dois graus Celsius. (Nos 650 mil anos antes da era pré-industrial, a concentração de CQ2 nunca passou de 300 ppm.) A ameaça deveria estar no topo da lista de prioridades de governos e empresas no mundo todo, certo? Infelizmente, não é o que acontece. No último FórumEconômico Mundial, que ocor­reu em Davos, na Suíça, pesquisadores alertaram que os governos estão negligen­ciando os riscos da mudança climática. Um relatório divulgado durante o encontro aponta que a preocupação crescente com os mercados financeiros e a escalada das tensões geopolíticas em 2008 podem ofuscar o problema do clima. Também nas empresas, o tema ainda não ganhou a devida atenção. Segundo um estudo recente da Accenture, nove em cada dez companhias globais não consideram o tema uma prioridade. Apenas 5% dizem que o aquecimento global tem importância absoluta.
 
Fonte: Época Negócio – Ano 02 – nº 13 – Março/08 – pag’s: 32 e33