Archive for the ‘News’ Category

A rede elétrica inteligente

A junção da tecnologia digital com a infraestrutura de energia vai movimentar um setor da economia que há muito tempo não sabe o que é inovação

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Centro de São Paulo: o setor elétrico vai viver sua maior inovação desde Thomas Edison

 

Por Luiza Dalmazo | 23.07.2009 | 00h01

Um dos nomes chamativos para as redes de nova geração é “internet da eletricidade”, mas talvez o nome mais preciso seja “internet das coisas”. A instalação dos novos medidores será somente o primeiro passo. A consequência natural será a integração de todos os aparelhos que são ligados na tomada. Hoje, quem recebe uma conta de luz pode comparar o consumo de um mês em relação a outro somente no valor a ser pago ou então em quilowatt-hora, um dado que faz pouco sentido para a maioria dos mortais. As informações que todos gostariam de ter são outras: quanto gasto por mês com meu chuveiro? Qual é o custo mensal que tenho com o aquecedor elétrico nos meses de inverno? Quanto poderia economizar se aumentasse em meio grau a temperatura da geladeira?

Os cenários futuristas vão muito além disso. Conectada à empresa elétrica, a própria lava-louça pode começar a funcionar somente no horário em que a energia estiver com o melhor preço. Outra possibilidade: usar a energia armazenada na bateria do carro elétrico para abastecer a casa caso os preços estejam altos demais. Até mesmo a cogeração de energia pode se espalhar com a ajuda das redes inteligentes: residências ou empresas equipadas com painel solar venderiam para o sistema a energia gerada e não utilizada. Tudo isso ainda vai levar muitos anos para acontecer, é claro. Mas algumas mudanças poderão ser percebidas logo. “Temos de pensar numa evolução, não em revolução”, diz John O’Farrel, vice-presidente da SilverSpring Networks. “A comparação ideal é com a internet. Ela começou devagar, no fim dos anos 90. Havia poucos serviços, o acesso custava caro e assim por diante. Hoje, está em toda parte. Com as redes inteligentes vai acontecer o mesmo.” 

Um dos nomes chamativos para as redes de nova geração é “internet da eletricidade”, mas talvez o nome mais preciso seja “internet das coisas”. A instalação dos novos medidores será somente o primeiro passo. A consequência natural será a integração de todos os aparelhos que são ligados na tomada. Hoje, quem recebe uma conta de luz pode comparar o consumo de um mês em relação a outro somente no valor a ser pago ou então em quilowatt-hora, um dado que faz pouco sentido para a maioria dos mortais. As informações que todos gostariam de ter são outras: quanto gasto por mês com meu chuveiro? Qual é o custo mensal que tenho com o aquecedor elétrico nos meses de inverno? Quanto poderia economizar se aumentasse em meio grau a temperatura da geladeira?

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Os cenários futuristas vão muito além disso. Conectada à empresa elétrica, a própria lava-louça pode começar a funcionar somente no horário em que a energia estiver com o melhor preço. Outra possibilidade: usar a energia armazenada na bateria do carro elétrico para abastecer a casa caso os preços estejam altos demais. Até mesmo a cogeração de energia pode se espalhar com a ajuda das redes inteligentes: residências ou empresas equipadas com painel solar venderiam para o sistema a energia gerada e não utilizada. Tudo isso ainda vai levar muitos anos para acontecer, é claro. Mas algumas mudanças poderão ser percebidas logo. “Temos de pensar numa evolução, não em revolução”, diz John O’Farrel, vice-presidente da SilverSpring Networks. “A comparação ideal é com a internet. Ela começou devagar, no fim dos anos 90. Havia poucos serviços, o acesso custava caro e assim por diante. Hoje, está em toda parte. Com as redes inteligentes vai acontecer o mesmo.” 

Fonte: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0948/tecnologia/rede-eletrica-inteligente-485838.html?page=2

A nova obsessão verde

Nobre Seguidores do Supercarbonoativar,

sei que ando meio sumido mas pretendo voltar a postar. Segue um interesante matéria que saiu na Exame sobre monitoramento de uso de água na indústria.

Boa Leitura

A nova obsessão verde

Depois de calcular as emissões de carbono, agora as empresas correm para rastrear o uso de água em seus produtos desde a matéria-prima até o consumidor final`
Ted S. Warren/AP
 
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Loja da Starbucks, em Seattle: rastreamento completo até o final deste ano

 

Por Serena Calejon | 09.07.2009 | 00h01

Revista EXAME –

Nos últimos anos, a onda verde transformou uma expressão quase incompreensível em algo corriqueiro dentro de muitas empresas – a contagem de emissões de carbono. É comum hoje encontrar exemplos de cálculos meticulosos de gases de efeito estufa jogados na atmosfera até mesmo em atividades cotidianas, como viagens aéreas de executivos. Na busca para reduzir o próprio impacto ambiental, porém, já não basta diminuir (ou mesmo neutralizar) essas emissões. A nova obsessão das empresas é rastrear o consumo de água envolvido na produção de um bem. Como era de esperar em se tratando desse mercado, a tendência vem acompanhada de um conceito um tanto obscuro: água virtual. A nova bandeira dessa corrida sustentável foi levantada para valer em abril pela Raisio, fabricante de cereais finlandesa, com faturamento de 500 milhões de euros em 2008. A Raisio não apenas mediu o uso de água para a produção da linha Elovena – dos campos de aveia ao supermercado – como também se tornou a primeira companhia no mundo a estampar em sua embalagem o número de sua “pegada” (jargão que no mundinho verde significa o impacto ambiental de uma empresa). Segundo a Raisio, para fabricar 100 gramas de aveia em flocos são consumidos, ao longo de toda a cadeia de produção, 101 litros de água. “Boa parte dos consumidores ainda não entende o conceito”, disse a EXAME Pasi Lähdetie, vice-presidente de comércio de grãos da Raisio. “No futuro, porém, será algo tão compreendido como o carbono.”

A primeira dificuldade da empreitada é que, ao contrário das emissões de carbono, não há modelos prontos disponíveis para ser seguidos. Em dezembro, uma rede mundial de ONGs, cientistas e cerca de dez empresas criou a Water Footprint Network para discutir pela primeira vez uma metodologia única para a avaliação da água virtual. As companhias que já começaram a estimar a quantidade do recurso utilizado nas cadeias de produção, portanto, criaram os próprios métodos dentro de casa a partir do ponto zero. No caso da Raisio, o processo levou cerca de três meses e exigiu uma equipe de seis funcionários de áreas distintas (entre fábrica e relacionamento com fornecedores), além de um consultor externo, que já havia ajudado a empresa na determinação da pegada de carbono. Trata-se de uma tarefa complexa, sobretudo porque o levantamento considera informações que estão fora da empresa. Parte do trabalho incluiu visitas a produtores atrás de informações, como o tipo de fertilizante usado na preparação do solo. Por enquanto, a única medida prática tomada pela companhia finlandesa foi colocar a informação na embalagem dos produtos. “O próximo passo é reduzir nosso consumo”, afirma Lähdetie.

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Eis aí uma etapa tão ou mais complexa que o cálculo do rastro ambiental. Os estudos da Levi Strauss, por exemplo, mostraram que apenas 6% do consumo de água estava associado aos processos industriais da empresa. A maior parte do recurso é consumida pela agricultura do algodão (49%) e pelo pós-consumo (45%) nas lavagens das roupas. “Percebemos que, para levar adiante o compromisso com a sustentabilidade, era preciso agir no ponto extremo da cadeia, sobretudo com agricultores, e não apenas no processo industrial, onde estávamos focados até então”, afirma Colleen Kohlsaat, gerente de sustentabilidade da Levi Strauss. “O desafio é que temos uma capacidade menor de influenciar esses extremos do que temos de agir em nossas próprias operações.” Na prática, a constatação levou a empresa a investir em parcerias com ONGs como a Better Cotton Initiative, que atua na educação de agricultores do setor algodoeiro, para adotar técnicas com menos impacto ambiental. A Coca-Cola tomou a mesma decisão ao incentivar métodos literalmente mais enxutos de produção de beterraba e cana-de-açúcar, usados como matéria-prima na composição dos refrigerantes.

Diferentemente do que ocorre com as emissões de carbono, que podem ser compensadas com a compra e a venda de créditos, num mercado já estruturado, o sistema de compensação da pegada de água ainda é nebuloso. Por isso, muitas empresas estão criando as próprias regras. Uma delas é a Pepsico. A companhia iniciou um projeto em lavouras de arroz da Índia, no qual substitui a tradicional irrigação por alagamento por uma técnica capaz de reduzir 30% do uso de água (o arroz é usado na fabricação de alguns salgadinhos). Segundo a empresa, se estendesse a área dedicada ao novo sistema de plantio dos atuais 400 hectares para 2 000 hectares, a economia gerada seria capaz de compensar toda a água usada pelas três fábricas da Pepsico na Índia. “Uma mudança pequena pode ter um impacto enorme”, diz Dan Bena, diretor de desenvolvimento sustentável da Pepsico. Os especialistas, no entanto, são mais céticos. “No caso da água, não há como compensar os danos”, afirma o professor Hoekstra. “A não ser que você reponha água na mesma qualidade, quantidade e exatamente no mesmo local, não existe como neutralizar seu impacto.”

Em alguns pontos do planeta, a falta de água já é um problema concreto para muitas empresas. Há dois anos, a fabricante de cerveja sul-africana SABMiller identificou que 30 de suas fábricas estavam em regiões que corriam risco iminente de falta de água. Uma das operações mais arriscadas era a da Tanzânia, onde o uso excessivo das reservas subterrâneas por indústrias locais estava reduzindo a quantidade e piorando a qualidade das fontes de água potável. A saída foi iniciar um programa de reutilização do recurso na unidade. Em novembro, a cervejaria anunciou a meta de cortar 25% de seu consumo de água em todas as suas 139 fábricas até 2015. A medida representará uma economia de 20 bilhões de litros de água por ano – e pode determinar a própria perpetuação de seu negócio.

 

Fonte: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0947/gestao/nova-obsessao-verde-482549.html

Quero ser neutro

Ae Galera,

uma reportagem veiculada na Revista EXAME nº 927 de 24/09/08, boa leitura.Quero ser neutro

Como um grupo (ainda restrito) de empresas brasileiras está assumindo o desafio de calcular e compensar suas emissões de gases de efeito estufa

 Por Ana Luiza Herzog EXAME 18.09.2008

Em março de 2007, a fabricante de cosméticos Natura lançou um projeto piloto em Recife que mudou a rotina de 15% das consultoras que atuam nessa cidade. A companhia pediu que, a partir daquele momento, cada vez que uma delas fizesse uma entrega a um cliente, aproveitasse a oportunidade para recolher embalagens usadas de produtos da marca. O destino de todo o lixo seria a reciclagem — no ano passado foram recolhidas 90 toneladas. Por enquanto, a iniciativa, que também abrange algumas regiões da capital paulista, é apenas um teste para um projeto mais arrojado, um abrangente programa de logística reversa para tentar reduzir as emissões de gases de efeito estufa da companhia. Se não fossem coletadas, as embalagens poderiam acabar se decompondo em algum aterro sanitário e se transformariam em gases que causam o aquecimento global. “O objetivo é que esse programa cresça e faça parte do cálculo das reduções de emissões da empresa num futuro próximo”, afirma Daniel Gonzaga, diretor de pesquisa e tecnologia da Natura.

Em tempos em que se discute exaustivamente o aquecimento global, encontrar maneiras de reduzir as emissões de gases de efeito estufa tornou-se uma obsessão comum a muitas empresas. Nos países europeus, esse empenho deve-se em grande medida ao fato de muitos deles serem signatários do Protocolo de Kyoto, que estabelece metas para a redução das emissões para as nações desenvolvidas. No Brasil, que pelo protocolo está isento da responsabilidade de reduzir a emissão de gases, as iniciativas são voluntárias (normalmente movidas por ideologia ou pelo anseio de polir a imagem). Por causa disso, o que será incluído no balanço de emissões de cada empresa é totalmente arbitrário — decisão que cada companhia pode tomar sozinha ou com a assessoria de uma das poucas consultorias especializadas existentes no país. Nesse levantamento podem ser levados em consideração itens tão diversos quanto o consumo de energias não-renováveis (como o carvão) numa fábrica ou o combustível gasto em viagens feitas por executivos. O mais comum é que as empresas inicialmente façam inventários restritos — por exemplo, as emissões geradas apenas na sede da companhia — e, aos poucos, aumentem o escopo do cálculo — incluindo o conjunto de operações.

O Bradesco, por exemplo, considerou apenas as emissões provocadas pela sede em seu primeiro inventário, em 2006 — do consumo de gás no refeitório ao gasto de combustível da frota de automóveis. No ano seguinte, o banco decidiu incluir no levantamento suas 3 000 agências espalhadas pelo país, além das outras três empresas do grupo, a Finasa, a Bradesco Seguros e a Scopus. “Fizemos o primeiro exercício e depois percebemos que poderíamos dar um passo maior”, diz Jean Philippe Leroy, diretor departamental de relações com o mercado do Bradesco. Em junho, a instituição obteve a certificação ISO 14 064, uma garantia de que o banco tem processos precisos para quantificar e monitorar suas emissões. O selo também exige que o banco as reduza — neste ano, a meta de corte é 3,5%.

Para alcançar o objetivo, Leroy conta com a ajuda de um time de 16 funcionários de diferentes áreas do grupo, cada um responsável por encontrar oportunidades de melhoria para uma fonte de emissão (tais como viagens de avião, consumo de energia etc.).

Se reduzir a própria emissão é tarefa difícil, incluir os fornecedores nesse processo é um desafio ainda mais complexo. Mesmo assim, no ano passado a Natura anunciou um plano para neutralizar as emissões em toda a sua cadeia produtiva. Com iniciativas como incentivo ao uso de refil e substituição de matérias-primas, a companhia conseguiu diminuir suas emissões em 7%. Neste ano, a redução deverá contar com a ajuda de uma mudança recente que, de início, soou como um contra-senso: a volta do uso do papel cuchê, em vez do reciclado, nos 2 milhões de catálogos de produtos distribuídos às consultoras a cada 21 dias. A adoção do cuchê, que vem de florestas plantadas e tem o selo verde FSC, gerou uma redução de cerca de 60 páginas no livreto — já que sua qualidade permite a impressão das imagens dos produtos em tamanho menor. Com isso, a empresa não só economizará 3 500 toneladas de papel por ano como deixará de jogar na atmosfera 4 500 toneladas de carbono.

Atrás da soma zero

Os passos que uma empresa deve trilhar para neutralizar as próprias emissões de gases causadores do efeito estufa

1 – Cálculo

No Brasil, ao contrário do que acontece na Europa, as empresas não são obrigadas a reduzir emissões. Assim, cabe a cada uma defi nir o que quer compensar — do consumo de energia de uma fábrica às emissões de frotas de veículos. O Bradesco, por exemplo, considerou apenas as emissões da sede e da frota de veículos em seu primeiro inventário, em 2006. Há cerca de 15 consultorias especializadas nesse cálculo no país.

2 – Validação

Feitas as contas, o ideal é que a empresa contrate uma auditoria. No Brasil, esse trabalho pode ser feito por diversas certifi cadoras, como a brasileira Vanzolini e a européia Det Norske Veritas (DNV).

3 – Redução

Uma vez ciente do volume de carbono que gera, a empresa deve traçar um plano para reduzir as emissões. Aqui entram as ações de ecoefi ciência. A Natura, por exemplo, alterou a fórmula de seus produtos para que eles usem menos substâncias de origem fóssil. Já o Bradesco trocou, de 2006 para 2007, toda a sua frota de veículos. Hoje, com exceção dos carros blindados, todos rodam movidos a etanol.

4 – Compensação

Como nenhuma empresa consegue zerar suas emissões, a saída é compensar o que não pôde ser eliminado. Para isso, vale recuperar fl orestas degradadas, fi nanciar projetos de energia limpa ou comprar créditos de carbono. A Natura, por exemplo, fi nancia a troca de combustível de origem fóssil por biomassa em uma empresa têxtil. O Bradesco plantou, no ano passado, 38 000 árvores para compensar as emissões de sua sede em 2006.

Mesmo com todos esses esforços, os executivos da Natura sabem que jamais será possível eliminar totalmente suas emissões. A meta da companhia é reduzilas em 33% até 2011 — e compensar os 67% restantes por meio de financiamento de projetos de reflorestamento e de produção de energia limpa. Este é um caminho comum a todas as empresas que pretendem ser “carbono neutro”: reduzir ao máximo as próprias emissões e, no que for impossível, encontrar projetos que valham compensações. No final de 2007, a Natura fez um edital para escolher projetos verdes que precisassem de investimento. Um dos vencedores foi a AMC Têxtil, que receberá dinheiro para adaptar sua operação ao uso de biomassa no lugar do atual combustível fóssil (o valor do projeto não é revelado). Para especialistas, é importante que, antes de embarcar em programas de compensação, as empresas façam a lição de casa — a exemplo do que aconteceu com a Natura e o Bradesco. “Muitas empresas entraram de maneira cega na onda do plantio de árvores sem antes se preocupar em diminuir suas próprias emissões”, diz o consultor Giovanni Barontini, coordenador da filial brasileira do Carbon Disclosure Project, iniciativa internacional criada por investidores institucionais para incentivar as empresas a divulgar informações sobre suas políticas relacionadas às mudanças climáticas. “Pular essa etapa é mais fácil para as empresas, mas não ajuda a resolver, de fato, os problemas ambientais.”

Fonte: http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0927/gestaoepessoas/m0167878.html

hCientistas gastarão R$ 1 milhão para avaliar o impacto ambiental dos gases das vacas

Cientistas gastarão R$ 1 milhão para avaliar o impacto ambiental dos gases das vacas

Um grupo de cientistas suecos recebeu um financiamento para estudar o impacto no aquecimento global que ocorre quando as vacas… soltam gases. É. O investimento total é de 3,8 milhões de coroas suecas, a moeda local. Nada menos que US$ 590 mil! Em reais, é mais de R$ 1 milhão!Parece piada, mas é sério. Há tempos pesquisadores do mundo todo sabem que esse tipo de gás, o metano, contribui para o fortalecimento do efeito estufa. Isoladamente, o pum arroto (valeu, Cris!) de uma vaca não faz quase nada na atmosfera, fato. Mas some a quantidade de vacas e bois em todos os rebanhos que existem no mundo e você pode ver que de gás em gás bem, você entendeu.

Ao todo, o grupo sueco vai estudar só 20 vaquinhas, que vivem em uma fazenda da universidade perto de Estocolmo. Além de descobrir qual é o impacto real dos gases das vacas, os cientistas também querem saber se a quantidade de metano liberada depende do tipo de comida ingerido pelo rebanho.

E tem gente por aí que ainda diz que vida de cientista é fácil…

Por Marília Juste

VACAS CAUSAM MAIS MAL AO MEIO AMBIENTE DO QUE OS CARROS (FAO)

ROMA, 29 Nov (AFP) – O setor pecuarista é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa no mundo e é mais nocivo que o dos transportes, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). “O setor pecuarista gera mais gases de efeito estufa, os quais ao serem medidos em seu equivalente em dióxido de carbono (CO2) são mais altos que os do setor do transporte”, sustenta a entidade da ONU.

A pecuária não só ameaça o meio ambiente, mas também é uma das principais causas da degradação do solo e dos recursos hídricos, acrescenta a organização, cuja sede fica em Roma.

Segundo o relatório da FAO, o esterco é responsável por boa parte das emissões de gases de efeito estufa.

“O setor pecuarista é responsável por 9% do CO2 procedente de atividades humanas, mas produz um percentual muito mais elevado dos gases de efeito estufa mais prejudiciais”, acrescenta o relatório.

“Gera 65% do dióxido nitroso de origem humana, que tem 296 vezes o Potencial de Aquecimento Global (GWP, na sigla em inglês) do CO2. A maior parte deste gás procede do esterco”, dizem os especialistas.

Para a FAO “é preciso encontrar soluções urgentes”.

Para Henning Steinfeld, um dos autores do estudo e chefe da subdireção de Informação Pecuarista e Análise e Política da entidade, a cada ano a humanidade consome mais carne e produtos lácteos, o que acaba afetando gravemente o meio ambiente.

“O custo ambiental por cada unidade de produção pecuária tem que ser reduzido pela metade, apenas para impedir que a situação piore”, advertiu o documento.

O setor pecuarista é o meio de subsistência para 1,3 bilhão de pessoas no mundo e supõe 40% da produção agrícola mundial.

Para muitos camponeses pobres dos países em desenvolvimento, o gado também é uma fonte de energia como força de tiro e uma fonte essencial de fertilizante orgânico para as colheitas.

kv/jr/mvv/sd

AFP 292012 NOV 06

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1369155-5598,00.html

CIENTISTAS QUEREM MUDAR DIETA DE VACAS PARA COMBATER MUDANÇA CLIMÁTICA

Londres, 10 jul (EFE).- Os ruminantes, como as vacas, são responsáveis por até 25% das emissões de metano produzidas pelas atividades humanas, incluindo a pecuária, e cientistas britânicos querem mudar a dieta desses animais para fazer com que seja melhor digerida, em benefício da mudança climática.

Especialistas do Instituto de Pesquisas Ambientais de Aberystwyth (Gales, Reino Unido) acreditam que é possível modificar a dieta para que os animais produzam menos metano, que é um gás de efeito estufa mais potente que o dióxido de carbono.

Segundo o especialista Mike Abberton, os pecuaristas poderiam ajudar a combater a mudança climática cultivando variedades de pasto que tenham maiores níveis de açúcar.

Uma dieta alterada como esta pode modificar a forma como as bactérias nos estômagos dos ruminantes transformam o material ingerido em gás, que depois soltam para a atmosfera.

O instituto lançou um novo projeto de pesquisa com as universidades de Gales e Reading para ver como este processo pode ser melhorado.

Um projeto similar realizado na Nova Zelândia indica que estas alterações na dieta podem reduzir as emissões de metano das ovelhas em até 50%.

“É improvável que no Reino Unido consigamos uma redução tão grande, mas, mesmo se fosse menor, já seria significativa. Tornar a dieta dos animais mais digestíveis pode reduzir suas emissões de metano”, explica Abberton.

Uma vaca pode produzir diariamente entre 100 e 200 litros de metano.

Além de reduzir a produção de metano, o cultivo de certas leguminosas pode ajudar a melhorar os níveis de nitrogênio do solo, já que estas plantas atraem de forma natural bactérias e fungos que fixam o nitrogênio da atmosfera.

Segundo um porta-voz do Ministério de Alimentação e Assuntos Rurais britânico, outra idéia para reduzir a produção de metano é aumentar a longevidade da vaca, já que, desta forma, se produziria a mesma quantidade de leite com menor número de animais.

A mais longo prazo, os especialistas do ministério estudam a possibilidade de reduzir o metano gerado pelo gado através de intervenções de engenharia genética no sistema digestivo dos animais.

Os especialistas colocaram ovelhas trancadas em estufas, onde analisam o ar através de espectrômetros antes e depois de os animais ingerirem a grama.

Os cientistas acreditam que terá que convencer os criadores de gado das vantagens adicionais que pode ter a introdução de novos tipos de pasto para que aceitem as despesas suplementares acarretadas pela alteração da dieta dos animais.

A agricultura representa aproximadamente 37% das emissões de metano e 67% das de óxido nitroso produzidas na Grã-Bretanha.

Os cientistas britânicos não são os únicos preocupados com este problema. Especialistas da universidade alemã de Hohenheim, em Stuttgart, anunciaram este ano que tinham desenvolvido uma pílula que reduz as emissões de metano do gado, convertendo o gás em glicose com a ajuda de uma dieta especial. EFE

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1583815-5602,00.html